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História do brasileiro dono do curso WISE UP
Posted by Vitor Melo de Castro
on
14:57
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Casos de Sucesso
Brasileiro leva rede de escolas da periferia para o mundo. Criado no subúrbio do Rio, Flávio Augusto fundou o Grupo Ometz no início dos anos 90. Hoje, tem escolas em quatro países e se prepara para chegar à China. Com faturamento do grupo que chega a quase 500 milhões
Ainda faltam dois meses para que a primeira escola Wise Up
da China abra suas portas. Mas o empreendedor Flavio Augusto, de 40 anos, já
está contando os dias para a inauguração em Pequim, prevista para 15 de
novembro. Augusto é dono do Grupo Ometz que deve faturar 155,5 milhões de reais neste ano com
as marcas Wise Up, You Move e Go Getter – todas especializadas no ensino do
inglês. “A meta, na China, é chegar a 2 000 escolas em cinco anos”, diz
Augusto, que conta com a ajuda de um parceiro local para vender as franquias no
país. “Será um grande avanço na minha trajetória”, comemora.
Fincar a bandeira de seu negócio no outro lado do mundo
representará uma conquista e tanto ao empreendedor que começou vendendo cursos
de inglês em uma pequena escola do centro do Rio de Janeiro, aos 19 anos.
“Queira casar e precisava juntar algum dinheiro”, recorda o empresário. Filho
de militar e de uma professora de escola pública, Augusto foi criado em Jabour,
na periferia carioca. Para poder trabalhar, trancou a faculdade de ciência da
computação meses depois de iniciar o curso. Em 1995, quando chegou aos 23 anos,
decidiu abrir a própria escola, usando dinheiro do cheque especial. “Foi uma
loucura”, diz ele. “Mas acabou dando certo.” Em um mês, Augusto já tinha
conquistado muitos alunos.
A experiência adquirida como vendedor havia permitido a
Augusto entender qual a melhor maneira de atrair clientes para sua escola – e
isso tem mostrado fundamental para expansão do grupo até agora. “Aprender
inglês é chato”, admite. “As pessoas só se convencem da importância do curso
quando mostramos a ela o impacto positivo que isso pode ter em suas
vidas.”
Nicho de mercado – Desde o início, enquanto os
concorrentes faziam ações direcionadas a crianças e adolescentes, a Wise Up
mirou em outra direção: o profissional adulto. A escolha se mostrou certeira.
“Em vez de prometer fluência com aulas que podem se estender por quase uma
década, vendemos um curso de 18 meses para quem quer aprender a se comunicar
rapidamente”, explica Augusto.
Amparada por uma estratégia de marketing agressiva – que
inclui ações de telemarketing e campanhas publicitárias com atores famosos –, a
empresa deslanchou. Hoje, são quase 500 unidades no Brasil e escolas na
Argentina, Colômbia e Estados Unidos – onde o foco é ensinar inglês à
comunidade latina residente no país. “Atrelar o produto à perspectiva de emprego
e de promoções na carreira foi uma estratégia muito acertada”, avalia José
Carlos Semenzato, dono da SMZTO, empresa que investe em negócios com potencial
de crescer por meio de franquias. “Por muito tempo, esse também foi meu
argumento de vendas – dizer aos alunos que a vida deles poderia melhorar se
aprendessem o que eu estava ensinado”, resume o especialista. Semenzato é
fundador da Microlins, rede de ensino de informática vendida em 2010 ao Grupo
Multi (controlador das marcas Wizard e Skill).
Expansão dos negócios – Os últimos anos têm sido
particularmente positivos para os negócios de Augusto. “O avanço da economia e
o aumento do poder aquisitivo da população motivam as pessoas a estudar”,
afirma. Para aproveitar todas as oportunidades, o empresário lançou duas novas
marcas: a You Move, destinada a atender a Classe C, e a Go Getter, que ensina
inglês “in company” (dentro de empresas) e que tem como clientes a Toyota e a
Warner Bros.
No Brasil, pouco mais de 5% da população fala inglês,
segundo levantamento do British Council, órgão do governo britânico. Em nível
global, estima-se que, nos próximos anos, perto de 2 bilhões de pessoas estudem
inglês. “Nossas perspectivas são excelentes”, comemora Augusto.
Hoje, seu principal desafio tem sido afastar-se aos poucos
do dia a dia das escolas. Ele ainda comanda toda a estratégia de crescimento do
grupo, mas vem dando cada vez mais autonomia a seus executivos. “Preciso
descentralizar o comando para deixar a empresa cada vez mais preparada para
expansão”, diz Augusto. Trata-se de uma tarefa difícil para empreendedores. Por
isso mesmo, Augusto mudou-se em 2009 com os filhos e a mulher – a mesma
que o motivou a vender os cursos na juventude – para Orlando, nos Estados
Unidos. “Dessa forma, consigo deixar os executivos mais à vontade para cuidar
de suas funções”, diz.
Atualmente, ele também dedica uma hora diária para produzir
textos, vídeos e artigos sobre empreendedorismo e motivação. Tem mais de mais
de 500 000 seguidores nas redes sociais. “Vim da periferia e comecei do zero”,
diz Augusto. “Sei da importância desse tipo de incentivo para as
pessoas.”
fonte:http://veja.abril.com.br/
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