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Empresas Familiares - Parte I
Posted by Matheus Cappella
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23:58
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Empresas familiares
O fato é que as empresas familiares têm um papel substancial
na economia mundial, porém, ao contrário de outros tipos de empresas, as
empresas familiares possuem características próprias que foram pouco estudadas
por muito tempo. Segundo Vidigal (2000) a empresa familiar foi relegada durante
muito tempo nos estudos de administração de empresas. Recentemente tem sido
objeto de importantes e sérias análises em destacadas universidades, como
Harward nos Estados Unidos e European Institute of Business Administration
(Enseada) e Internacional Instituition for Management Development (IMD) na
Europa, que criaram cadeiras ou programas específicos para tratarem deste tema.
No Brasil, esse tipo de empresa cresceu em uma economia
caracterizada pelo elevado protecionismo alfandegário, regulamentações,
subsídios e créditos do governo, associados a mercados pouco desenvolvidos.
Entretanto, como foram resultado da proteção governamental, seu desenvolvimento
foi de baixa eficiência por não terem muitos concorrentes dentro do país. Ou
seja, a “pureza” familiar passou a ganhar mercado no Brasil e principalmente em
países emergentes
A medida em que este regime econômico protetor entrou em
decadência, as empresas estão tendo que reestruturar suas atividades e mudar
sua maneira de fazer e administrar os negócios, procurando outras fontes de
financiamento. Isto, provavelmente, as obrigará a iniciar ou aumentar a sua
utilização dos mercados de capitais, em geral, e acionários, em
particular.
Essa tendência figura hoje na economia brasileira. Ou seja,
para sobreviverem, estas empresas tiveram que passar por mudanças profundas em
sua estrutura envolvendo fatores como sucessão, abertura de capital e gestão
profissional. Todavia, este processo se mostrou bastante penoso para este tipo
de empresa e os números mostram isso. Em todo o mundo, a menor parte das
empresas familiares sobrevive numa segunda geração e uma minoria desprezível
suporta a terceira.
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